sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sétimo Capitulo

Nos dias seguintes fui ao colégio, mas foram dias relativamente normais.
Conversava com Nathaniel quando Castiel não estava perto, e vise e versa.

Claro, era ainda era difícil conversar com o Castiel.
Mas depois que ele me levou para casa porque torci o pé chegar até ele parecia mais fácil.
Se querem saber, até teve um dia em que ficamos duas horas conversando. Ele era muito divertido, mesmo tento um humor sarcástico, e as vezes era dicil saber quando ele estava bravo ou apenas brincando. Conversamos principalmente sobre música, ele achou fascinante quando disse que tocava bateria, "Uma menina que toca bateria ? Nossa, acho isso muito massa. Qualquer dia quero te ouvir tocar."
Descobri que ele tocava guitarra em uma banda de garagem, e que era a única coisa que levava realmente a serio, seus pais estavam sempre fora da cidade, então praticamente morava sozinho e dava festas regularmente.

Enquanto eu e o Nathaniel ?
Bem, ele se mostrava um caso raro de cavalheiro. Sempre me ajudava quando eu precisava, e conversávamos bastante a respeito da escola, e sobre livros de romance policial, que era um gosto que tínhamos em comum, embora ele odiasse doces, e eu ficava me perguntando que tipo de pessoa não se derretia ao ver um bolo de chocolate.
Um dia acabei perguntando sobre a relação dele com Ambre, e o que ele me respondeu ... eu já esperava ouvir. "Ela e eu somos muito diferentes. Ambre é difícil de conviver, mas na maior parte do tempo quando estamos em casa sequer a vejo. Ela passa a maior parte do tempo no telefone, acha que a vida é essa coisa cor de rosa. Mas um dia irá crescer."

Duas semanas depois, eu já estava mais integrada com a escola. Poucas pessoas conversavam comigo, mas ninguém mais ficava me encarando na escola.
Ambre ainda me olhava com desprezo, e eu ainda estava louca para derruba-la (sem querer é claro) no lixo.
Ainda estava no clube de basquete, mas depois que torci o pé consegui convencer a diretora a me trocar de clube, agora estava aguardando uma vaga.
Ninguém sabia que Castiel havia me levado para casa e eu achava melhor assim.
Muitas meninas ali eram apaixonadas por ele, se ficassem sabendo disso começaria uma guerra ali e a minha cabeça que ia rodar.

Na terceira semana de aula ao termino das aulas fiquei sentada no banco no pátio, estava sem vontade de voltar para casa.

- Pandora, o que faz perdida por aqui ?
- Ah, oi Castiel. Estou meio sem vontade de voltar para casa.
- Não que eu me importe, diz ai, o que está acontecendo ?

- Minha casa está um verdadeiro inferno, meus pais ficam brigando toda hora, é um saco ! 
Meus pais sempre tiveram um casamento relativamente feliz. Não era uma novela mexicana, mas era equilibrado. As vezes discutiam, mas nunca realmente brigavam, ou ficavam de cara virada um para o outro. Mas a uma semana todos os dias qualquer coisa era motivo para discussão.
Eu já tinha sacado que eles iriam se separar mais cedo ou mais tarde, e achava melhor do que viver no meio de tantas brigas.

-Entendo. Bom, mas a escola vai fechar daqui a pouco. Mas se você quiser, pode ir comigo pra casa. Eu pretendia dar uma festa hoje mesmo. 
- Não quero te aborrecer com meus problemas. 
- Você já me aborrece mesmo quando não me conta seus problemas. Vem, para de graça. 



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