"Pan, eu sinto muito, queria entregar o Castiel, mas não sabia que tu tava junto, nem que vc fuma... Desculpe" - Nathaniel
Assim que leu a mensagem, Pan teve vontade de cuspir na cara de Nath. Ultimamente todos os problemas que ela vinha tendo eram culpa dele.
* * *
- E a Pandora ? - perguntou Alexy aflito. Não podiam ensaiar sem ela, e aquele já era o segundo ensaio que tentavam tocar alguma coisa e não conseguiam.
- Falei com ela hoje, pelo celular. A mãe dela não tá deixando ela vir pros ensaios, e ela não vai tocar no show. - Respondeu Castiel.
- Merda... Precisamos de outro baterista, ou dar um jeito de fazer a mãe dela desencanar.
- Eu vou na casa dela hoje.
- Tá afim de morrer ?
- Faz dois dias que ela não fuma, Armin, a mina tá subindo pelas paredes. E outra, tudo isso é um pouco culpa minha.
- Que sua nada, é daquele mauricinho do Nathaniel. - Alexy compartilhava da mesma empatia pelo representante, diversas vezes havia o levado para a sala da diretora por estar beijando alguma garota no horário de aula.
- É, dele principalmente... Nossa queria tanto encher ele de porrada !
- Fica de boa Cast, não quer arrumar mais problemas... Mas agora eu to indo, porque preciso resolver umas coisas. - Despediu-se Alexy, levantando e já se dirigindo para a porta. Depois que ele saiu, Castiel e Armin se entreolharam.
- Meu irmão tá estranho
- É, tá mesmo. Onde será que ele foi uma hora da tarde ?
- Vai saber...
* * *
Alexy tinha um plano, iria reconquistar o coração da sua ex naquela tarde. Bom, pelo menos tentaria.
Chegou a casa dela depois de pegar dois ônibus poderia ter pedido uma carona para o Castiel, mas com certeza ele iria querer se meter em suas escolhas. Na verdade, ele nem sabia se Caterine, estaria em casa aquele horário, mas iria arriscar.
Tocou a campainha, e aguardou.
Minutos depois uma voz feminina lhe disse para esperar.
A maçaneta virou, e o coração dele quase saiu pela boca ao ver Caterine, tão linda com aquele cabelo ruivo, e aquele olhar acolhedor.
- Alexy ? - ela parecia surpresa, da ultima vez que se viram a conversa parecia ter feito mal para ele, e agora do nada aquela visita inesperada
- Desculpe vir sem avisar, mas é que você trocou seu telefone, pelo menos ainda mora no mesmo lugar.
- Ah, tudo bem, mas... O que veio fazer aqui ?
- Vim pedir pra tu me perdoar.
- Te perdoar ? Pelo que ? Já disse que a culpa do fim do nosso namoro não foi tua, quer dizer, eu gosto de mulheres, lembra ?
- Não, você não gosta. - retrucou convicto de suas palavras.
- Como é ? - indagou rindo. Cruzou os braços e se encostou no batente da porta.
- Tu ainda me ama, mas tem medo de admitir, e por isso acha que é gay ... - Caterine soltou um longo suspiro, e o convidou para entrar. Alexy achou que o jogo estava ganho. - Senta ai, quer alguma coisa pra beber ?
- Não, mas posso fumar ?
- Pode. - Enquanto ele acendia o cigarro, ela teria tempo de pensar em algo que não o magoaria, mas que o faria desencanar dessa história. - Olha, eu vou ser sincera contigo, e não me leve a mal, mas a única pessoa que eu amei é a guria com quem estou agora. Alias, ela mora aqui também, tu poderia ter me causado um monte de problemas. O que a gente teve, foi legal, mas acabou, e tu tem que superar isso.
- Como assim nunca me amou ? Tu é louca, ou o que ? Eu sou perfeito. - Exclamou levantando-se do sofá, estava realmente ofendido pelas palavras dela.
- Alexy, se acalma. Continua sendo o mesmo narcisista, arrogante, de sempre.
- Você deveria dizer que me ama, como planejei.
- Planejou ? Acha que só precisa vir na minha casa e dizer meia duzia de palavras que vou me entregar pra você ? Na boa... Tu só tem medo de seguir em frente, por isso ainda cultiva essa paixão platônica por mim.
Ele se acalmou, sentou no sofá novamente, e sentiu-se um babaca. Com cara de choro e voz fraca confessou:
- Eu só queria conseguir amar alguém...
- E tu vai, mas não enquanto ficar olhando pra trás. Sou seu passado, e sempre vou lembrar de você com carinho.
- Obrigado Caterine. Me desculpe por ter vindo aqui e tals. A gente se vê, por ai.
- Boa sorte.
A tentativa de voltar com a ex tinha falhado, e pior, ele havia pegado dois ônibus para chegar aquele lugar e ser desprezado por ela. Mas agora seria uma vida nova, chega de mulherada.
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